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Brava gente ceilandense


Brava gente ceilandense “Como é difícil viver na cultura Hip Hop, em vários momentos de minha vida, veio em mente, desistir, jogar tudo pro alto, mesmo assim me mantenho em pé, mesmo com todas dificuldades. Quantos amigos vi desistir de seus sonhos, pessoas com talento incontestável, quantos eventos, palestras, corpo a corpo, debates e lutas que se perderam, dando lugar a ostentação do que se tem no momento, migalhas. Nesses 23 anos de carreira, tive muitas alegrias e muitas frustrações, pensei que, passado mais de 30 anos de cultura Hip Hop no Brasil teríamos um império de pensamentos e um exército imbatível, tão forte que o sistema tremeria ao nós ver, mas tudo isso está se perdendo, fico muito triste vendo nossa cultura sendo domesticada. Hoje ainda vejo foco de ativistas espalhado pelos 4 cantos do Brasil, mas entrincheirados em suas comunidades, descrentes de um futuro perfeito, mas lutando como bravos guerreiros. Do outro lado, vejo uma torre de babel, ninguém mais se entende, trocam farpas, se contradizem o tempo todo e alguns aproveitadores lucram com o suor de quem trabalha sério para levar o trabalho para outro nível. Uns vivem de lutas, outros deitam na sombra e sugam o resto das forças existente. Sendo assim, me fortaleço e me torno uma rocha, com um único propósito, lutar até a ultima gota de sangue por quem merece.” Sou rapper, sou ativista, sou garra, sou Marcos Vinicios Morais Japão – Ceilândia - DF

Notícia publicada em: 24/07/2014