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ACIC 36 anos: Um passado de lutas e um presente de novos rumos


Discurso do Presidente da ACIC, Clemilton Saraiva, na solenidade de posse da nova diretoria da entidade, dia 05 de abril de 2013, na sede do SESC Ceilândia. Ceilândia completou 42 anos. Em 27 de março de 1971, nasceu uma cidade e com ela brotaram as primeiras efervescências de sua organização social, econômica e politica em pleno regime militar que se instalou no Brasil em 1964. Seis anos após, em 22 de abril de 1977, um grupo de empresários fundam a Associação Comercial de Ceilândia (ACIC) com o objetivo de lutar pela afirmação econômica, social e politica da cidade em construção. Com Ceilândia emerge um caldeirão repleto de necessidades, em paralelo a tudo isso urgem organizações sociais, como Associação Comercial de Ceilândia (ACIC), o movimento dos incansáveis, a pró gente e muitas outras articulações sociais que lutaram pela consolidação social, política e econômica da cidade. A escrituração cartorial definitiva dos lotes recebidos pelos ceilandenses que vieram das invasões que brotaram as margens dos córregos e vielas do Núcleo Bandeirante, antiga cidade livre, foi a tônica de muitas lutas. A luta dos incansáveis pela consolidação de um teto para cada ceilandense e suas famílias foi marcante. Em outra trincheira se revela o protagonismo dos empresários que se juntaram aos esforços da sociedade ceilandense e lutaram pela autonomia administrativa de Ceilândia, frente à dependência administrativa inicial em relação à Taguatinga. Ceilândia, não parava de lutar, sua força empresarial emergente precisava se consolidadar. O que antes era somente uma vontade se transformou em fato concreto, em 1987 a ACIC ganha sua sede social no centro de Ceilândia, o edifício Palácio do Comercio é construído e se transforma em tribuna de grandes discussões na luta por democracia e autonomia politica do Distrito Federal. Em 1989, Ceilândia ganha autonomia administrativa. Ceilândia, o que antes era para ser uma cidade dormitório, cresce e se expande por meio da construção de novos bairros e numa sequência cronológica nasce a Guariroba, Setor O, setor P Sul, P Norte, Expansão do Setor O, QNQ, QNR, Setores de Indústria e de Materiais de Construção, Setor Privê e outros bairros que se encontram em fase de legalização, como os condomínios Pôr-do-sol e o Sol Nascente. No transcorrer do seu crescimento e transformação social e econômico, Ceilândia, por meio da ACIC se fez e faz-se presente pautando reivindicações do setor produtivo, exigindo melhoria nas condições de saneamento básico e infraestrutura dos bairros como forma de oferecer aos empreendedores os meios necessários para que a cidade cresça e ofereça produtos e serviços à comunidade local e gere emprego e renda. Ao completar 36 anos, a ACIC tem uma extensa lista de projetos marcantes para o desenvolvimento da cidade como campanhas de natal para melhorar a venda do comercio local; lançamento do jornal Correio Ceilandense, voz para a cidade; o Made in Ceilândia, projeto que lançou os produtos da indústria local para o mundo; o Ceilândia Lança Governador com 200 mil votos, movimento que colocou a cidade na agenda das discussões dos destinos políticos do DF; a Expocei, feira de produtos e serviços, que visa apresentar o que a cidade produz; a Copa ACIC de Futsal, celebração dos valores locais; Projeto ALI, ação piloto no Brasil em conjunto com o SEBRAE-DF que visa trabalhar e melhorar a gestão de negócio do empresário ceilandense; Projeto Autoestima, ação que busca combater o preconceito para com Ceilândia e elevar a autoestima de sua gente; Parceria com o São João do Cerrado, colocando a cidade na agenda dos grandes eventos culturais, Projeto Descentralização do Atendimento SEBRAE-DF, ação em conjunto com a FACIDF (Federação das Associações Comerciais do DF)/SEBRAE-DF que busca ampliar e disponibilizar recursos de capacitação ao empreendedor local nas instalações da ACIC a baixo custo e customizados para a realidade local e agora o RedeCEI, um movimento de articulação de entidades de ensino publico e privado com foco em formação profissional . A ACIC é umas das caixas de ressonância dos problemas estruturais, econômicos, sociais e políticos da cidade, levanta discute e propoe encaminhamentos para os problemas que os cidadãos e empresários enfrentam diariamente. A balzaquiana ACIC, agora vem canalizando suas forças para a experimentação da inovação como forma de se preparar e enfrentar os desafios dos novos tempos, lança um portal na rede mundial de computadores e coloca a disposição do empresariado e da sociedade informação e conhecimento sobre Ceilândia. Para marcar essa nova etapa a ACIC dispõe de produtos como a certificação digital de empresas, comércio eletrônico, assessoria ao empreendedor individual e principalmente a mobilização pela ampliação da capacitação empresarial, ferramentas que irá preparar o empreendedor local para o aprofundamento da competição no mundo dos negócios. Visando pensar o amanhã da nossa cidade, a ACIC propõe nesta noite ao GDF a revisitação do centro da cidade que começaria por rever a ocupação dos imóveis hoje utilizados pela agência do BRB, escritórios da Caesb, agência do Banco do Brasil, restaurante comunitário e sede da 15ª DP equipamentos públicos que precisam ser repensados e terem seus espaços colocados em licitação pública para que novos empreendimentos nasçam e propiciem à população a oferta de mais empregos e mais prestação de serviços. A ACIC, também, destaca que a transformação urbana da cidade trouxe outros desafios, a preservação da memória da cidade para as gerações futuras precisa ser preservada. Espaço hoje ocupado pela caixa d’agua na região central deve ser transformado em museu da memória do” candangus ceilandenses” . Além do museu a ACIC entende que a implantação do Parque Ecológico de Ceilândia nas imediações da via de ligação Ceilândia-Samambaia precisa ser implantado para que se preserve o meio ambiente da cidade e abrigue em sua infraestrutura equipamentos para lazer e educação ambiental do ceilandenses. Por último, como um marco que reconhecerá todos os anos os valores humanos que fazem e contribuem para desenvolvimento econômico, social e politico a lança neste momento o PREMIO ASA BRANCA DE EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO. Porquê asa branca? Além de ser o nome da canção de Luiz Gonzaga em parceria com Humberto Teixeira, composta em 3 de março de 1947, o tema da canção retrata o vencer em tempos de seca no Nordeste brasileiro que pode chegar a ser tão intensa, a ponto de fazer migrar até mesmo a ave asa-branca (uma espécie de pombo também conhecido como pomba-pedrês, pomba-trocaz ou arribaçã no Rio Grande do Norte. Estamos na cidade berço do nordeste no coração do Brasil, sendo assim, as dificuldades geradas pela seca lá no nosso nordeste não fazeram só a asa branca mudar, mas também o nordestino que aqui vieram empreender e inovar mudando seu destino, e, dando vida a nossa CEI e a pujante lândia. Viva Ceilândia! Viva a ACIC e viva ao senhor Deus que nos permitiu estarmos juntos nesta noite de alegria e prosperidade. Muito Obrigado! Ceilândia-DF 05 de abril de 2013.

Notícia publicada em: 08/04/2013