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Varejo reduz ritmo, mas tem terceiro mês seguido de expansão, aponta IBGE


<p>Varejo reduz ritmo, mas tem terceiro m&ecirc;s seguido de expansão, aponta IBGE. Vendas no varejo tiveram alta de 0,2% em agosto e registraram elevação de 10,1% em relação a igual m&ecirc;s de 2011. <br /><br />As vendas no varejo brasileiro subiram 0,2% em agosto ante julho, o terceiro m&ecirc;s seguido positivo e acima do esperado, mas mostrando desaceleração por conta do segmento de supermercados. Mesmo assim, a avaliação dos especialistas é de que o setor continuará aquecido. <br /><br />"Houve uma desaceleração da taxa, mas não se trata de uma reversão de tend&ecirc;ncia ou uma inflexão da curva de crescimento. Parece ser um movimento pontual", disse &agrave; Reuters o economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Reinaldo Pereira. <br /><br />Em junho e em julho passados, as vendas haviam crescido 1,6 e 1,4%, respectivamente. Em agosto, sobre um ano antes, segundo informou o IBGE nesta quinta-feira, as vendas cresceram 10,1%.</p> <p>&nbsp;</p> <p><br /><br />Analistas ouvidos pela Reuters previam que haveria queda de 0,1% em agosto ante julho e, em relação ao mesmo m&ecirc;s do ano anterior, a expectativa era de alta de 9,1%. <br /><br />Segundo o IBGE, boa parte das atividades mostrou desempenho mais fraco, apesar de ainda positivo, em agosto. O segmento de equipamentos e material para escritório e informática registrou alta de 5,3% sobre julho, a maior entre os segmentos que compõem o comércio varejista, mas mostrou forte desaceleração ao ser comparado com o m&ecirc;s anterior, quando a expansão foi de 10,8%. <br /><br />Na outra ponta, a atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo encolheu 1,1% em agosto, ante julho, depois de ter crescido 0,9% no m&ecirc;s anterior. <br /><br />"Os preços dos alimentos v&ecirc;m subindo no segundo semestre... O ritmo menor (de vendas) me parece ter a ver com isso. Se não fosse a queda dos alimentos, o resultado do comércio seria maior", afirmou Pereira. <br /><br />Quando se olha o comércio varejista ampliado --incluindo o setor automotivo e material de construção--, as performances foram melhores. O primeiro segmento cresceu 7,7% na comparação mensal, enquanto que o segundo, 3,4%. <br /><br />O economista do IBGE lembrou que os incentivos dados pelo governo para as atividades ajudaram no desempenho de agosto, ainda mais que houve uma corrida para a compra de carros porque, até então, o governo não havia informado se estenderia a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como acabou fazendo no final do m&ecirc;s. <br /><br />O segmento de automóveis respondeu por 58% da taxa de crescimento do varejo ampliado, de 15,7%, ante agosto do ano passado. <br /><br />O setor varejista vem se mostrando como um dos principais motores da economia brasileira sustentado por um mercado de trabalho estável, com a taxa de desemprego em queda, e deve continuar forte. <br /><br />Para o economista-chefe da SulAmérica Investimento, Newton Rosa, a alta nas vendas do comércio em agosto, mesmo desacelerando em relação aos dois meses anteriores, é um indicador de que o consumo se manterá aquecido, como "um esteio do crescimento" neste fim de ano e em 2013. <br /><br />"Não é trivial que em uma economia com baixo crescimento as vendas no varejo registrem crescimento acumulado no ano de 9%", afirmou ele, acrescentando que a queda nos juros também é mais um fator de estímulo ao consumo. <br /><br />Na noite de quarta-feira, o Banco Central reduziu a Selic a 7,25% ao ano, renovando a mínima histórica. Foi o décimo corte seguido desde agosto de 2011. <br /><br />O IBGE revisou ainda os dados das venda de julho sobre julho de 2011 , passando de alta de 7,1% para 7,2%. <br /><br />(Reportagem adicional de Diogo Ferreira Gomes, no Rio de Janeiro, e Luciana Otoni, em Brasília; Texto de Camila Moreira) <br />Fonte: IG São Paulo - Outubro/2012 </p>

Notícia publicada em: 16/10/2012